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Autismo e vacinas infantis de proteção
As vacinas de proteção, sem dúvida, são uma das maiores descobertas da história da medicina. Graças a elas, doenças como poliomielite (doença de Heine-Medina), varíola ou caxumba (infecção comum das glândulas salivares) são atualmente mais conhecidas por livros de história do que por casos que afetam pessoas próximas a nós. De acordo com a definição, a vacina é um preparado biológico contendo fragmentos de patógenos, microrganismos mortos ou microrganismos vivos sem virulência. A introdução desse tipo de material no corpo humano é equivalente à introdução de um antígeno nele, ou seja, uma proteína específica que de certa forma identifica o patógeno em questão. No momento do "encontro" com o antígeno estranho pelo nosso sistema imunológico, inicia-se um processo celular complexo que leva, finalmente, à produção de anticorpos específicos pelos linfócitos B. No caso de um encontro futuro com o patógeno para o qual a vacina foi administrada, o organismo já estará de certa forma "familiarizado" com o microrganismo e a reação direcionada para neutralizá-lo será muito mais rápida, prevenindo assim a ocorrência de infecções graves ou complicações a longo prazo. De forma semelhante, ocorre a aquisição natural de imunidade após ter tido uma determinada doença. No entanto, a diferença entre essas situações é fundamental, uma vez que durante a doença o paciente está sujeito a um curso grave e a complicações futuras. Por esse motivo, o uso de vacinas tem ajudado a proteger a humanidade de muitos efeitos negativos de doenças infecciosas, impedindo assim epidemias e pandemias que costumavam assolar e dizimar a humanidade. O que é autismo? O autismo é uma doença que abrange uma série de distúrbios do desenvolvimento do sistema nervoso central humano. O primeiro sintoma a sugerir a presença da doença são distúrbios relacionados à fala da criança. É justamente esse sintoma que os pais notam primeiro. Crianças do espectro do autismo começam a falar muito mais tarde do que seus pares e também a formar frases mais complexas. Embora as causas exatas do autismo ainda não tenham sido esclarecidas, os cientistas as atribuem à genética e à influência do ambiente. Isso significa que a criança nasce com o problema, não o adquire durante a vida, e a vacinação não é a causa dele. De onde veio o mito sobre vacinas e autismo? O mito da vacina MMR, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e que supostamente estaria relacionada ao autismo em crianças, é considerado uma das maiores fraudes da história da medicina. Mas como uma pesquisa científica de qualidade duvidosa, cujo valor científico foi questionado desde o início por especialistas, conseguiu causar tanto medo em relação às vacinas? Toda a confusão em torno da vacina MMR foi causada por um estudo do infame médico Andrew Wakefield e outros 12 médicos, que foi publicado na renomada revista "The Lancet" em 1998. Esse artigo afirmava que havia uma conexão entre a vacina MMR e o surgimento do autismo em crianças. No entanto, rapidamente ficou provado que o trabalho continha uma série de erros, incluindo a falsificação de documentos médicos e relatos dos pais, além da seleção errada de um grupo de crianças não representativo para a pesquisa. Também foi comprovado que o próprio Wakefield, como cientista, não poderia ter cometido tantos erros flagrantes inconscientemente. Além disso, foi provado que durante o período de publicação do artigo, Wakefield estava envolvido em um processo judiciário contra o fabricante da vacina MMR. Isso resultou em um longo processo judicial, que terminou com a clara refutação da teoria do médico, a retirada de dez dos doze co-autores do artigo de suas posições e a remoção do artigo da revista. Infelizmente, os efeitos desse estudo ainda são sentidos até hoje, e o medo das vacinas, que são uma das maiores descobertas da medicina, continua muito vivo em muitas áreas do mundo, levando à falta de vacinação de crianças e, consequentemente, ao risco potencial de retorno de doenças graves conhecidas apenas nos livros de história da medicina.
As vacinas de proteção, sem dúvida, são uma das maiores descobertas da história da medicina. Graças a elas, doenças como poliomielite (doença de Heine-Medina), varíola ou caxumba (infecção comum das glândulas salivares) são atualmente mais conhecidas por livros de história do que por casos que afetam pessoas próximas a nós. De acordo com a definição, a vacina é um preparado biológico contendo fragmentos de patógenos, microrganismos mortos ou microrganismos vivos sem virulência. A introdução desse tipo de material no corpo humano é equivalente à introdução de um antígeno nele, ou seja, uma proteína específica que de certa forma identifica o patógeno em questão. No momento do "encontro" com o antígeno estranho pelo nosso sistema imunológico, inicia-se um processo celular complexo que leva, finalmente, à produção de anticorpos específicos pelos linfócitos B. No caso de um encontro futuro com o patógeno para o qual a vacina foi administrada, o organismo já estará de certa forma "familiarizado" com o microrganismo e a reação direcionada para neutralizá-lo será muito mais rápida, prevenindo assim a ocorrência de infecções graves ou complicações a longo prazo. De forma semelhante, ocorre a aquisição natural de imunidade após ter tido uma determinada doença. No entanto, a diferença entre essas situações é fundamental, uma vez que durante a doença o paciente está sujeito a um curso grave e a complicações futuras. Por esse motivo, o uso de vacinas tem ajudado a proteger a humanidade de muitos efeitos negativos de doenças infecciosas, impedindo assim epidemias e pandemias que costumavam assolar e dizimar a humanidade. O que é autismo? O autismo é uma doença que abrange uma série de distúrbios do desenvolvimento do sistema nervoso central humano. O primeiro sintoma a sugerir a presença da doença são distúrbios relacionados à fala da criança. É justamente esse sintoma que os pais notam primeiro. Crianças do espectro do autismo começam a falar muito mais tarde do que seus pares e também a formar frases mais complexas. Embora as causas exatas do autismo ainda não tenham sido esclarecidas, os cientistas as atribuem à genética e à influência do ambiente. Isso significa que a criança nasce com o problema, não o adquire durante a vida, e a vacinação não é a causa dele. De onde veio o mito sobre vacinas e autismo? O mito da vacina MMR, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e que supostamente estaria relacionada ao autismo em crianças, é considerado uma das maiores fraudes da história da medicina. Mas como uma pesquisa científica de qualidade duvidosa, cujo valor científico foi questionado desde o início por especialistas, conseguiu causar tanto medo em relação às vacinas? Toda a confusão em torno da vacina MMR foi causada por um estudo do infame médico Andrew Wakefield e outros 12 médicos, que foi publicado na renomada revista "The Lancet" em 1998. Esse artigo afirmava que havia uma conexão entre a vacina MMR e o surgimento do autismo em crianças. No entanto, rapidamente ficou provado que o trabalho continha uma série de erros, incluindo a falsificação de documentos médicos e relatos dos pais, além da seleção errada de um grupo de crianças não representativo para a pesquisa. Também foi comprovado que o próprio Wakefield, como cientista, não poderia ter cometido tantos erros flagrantes inconscientemente. Além disso, foi provado que durante o período de publicação do artigo, Wakefield estava envolvido em um processo judiciário contra o fabricante da vacina MMR. Isso resultou em um longo processo judicial, que terminou com a clara refutação da teoria do médico, a retirada de dez dos doze co-autores do artigo de suas posições e a remoção do artigo da revista. Infelizmente, os efeitos desse estudo ainda são sentidos até hoje, e o medo das vacinas, que são uma das maiores descobertas da medicina, continua muito vivo em muitas áreas do mundo, levando à falta de vacinação de crianças e, consequentemente, ao risco potencial de retorno de doenças graves conhecidas apenas nos livros de história da medicina.
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