Inimigo à porta - Fórum Econômico Mundial e BlackRock assumem o controle da Ucrânia.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que seu governo está se preparando para participar do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos em janeiro e que conversou novamente com o diretor executivo da BlackRock Inc., Larry Fink, sobre a reconstrução pós-guerra. "Os especialistas dessa empresa já estão ajudando a Ucrânia a organizar um fundo para a reconstrução de nosso país", disse Zelensky, que realizou uma videoconferência com Fink em seu discurso à nação em setembro. Ele não disse se participará pessoalmente do WEF de 16 a 20 de janeiro ou se participará virtualmente. Zelensky também disse que conversou com o primeiro-ministro da Itália, Giorgia Meloni, e discutiu a perspectiva de participação da Itália no fortalecimento da defesa antiaérea da Ucrânia. As forças russas continuaram suas ações ofensivas em torno de Bachmut e Avdiivka, no leste da região de Donetsk, tentando melhorar sua posição tática no eixo Lyman ao norte, informou o Estado-Maior Geral da Ucrânia no Facebook. De acordo com o comunicado, as forças russas realizaram um ataque com foguetes e dispararam 33 mísseis, incluindo alvejar alvos civis na cidade do sul de Kherson, nas últimas 24 horas. O Estado-Maior Geral, pelo segundo dia consecutivo, não mencionou nenhum ataque aéreo russo, o que sugere uma diminuição da atividade das forças aéreas russas após o ataque de um drone a uma base no sul da Rússia esta semana. O chefe do Comitê de Supervisão de Inteligência da Câmara Baixa do Parlamento alemão disse que a recente exposição de um suposto espião russo nos serviços de inteligência estrangeiros desse país sugere que as autoridades estavam apenas "parcialmente cientes" da ameaça de infiltração por parte do Kremlin nos últimos anos. "O que todos devem levar em consideração é que ainda existem atividades intensivas de inteligência, como durante a Guerra Fria, e durante o período em que a Rússia está travando uma guerra ilegal com a Ucrânia, devemos estar muito atentos", disse Konstantin von Notz, membro do Bundestag do partido governante Os Verdes, em entrevista para o rádio Deutschlandfunk. "Eu ficaria muito satisfeito se esse infeliz incidente nos levasse a um olhar crítico para que estejamos melhores preparados para o futuro." Enquanto isso, os suprimentos de energia elétrica em Kiev estão limitados, mas estáveis e distribuídos de forma equitativa, graças a medidas temporárias de reconexão à rede, disse Serhiy Kovalenko, chefe da empresa de energia JASNO, no Facebook. Ele acrescentou que é "difícil prever" como os equipamentos lidarão com temperaturas mais baixas e maior consumo, também apontando o risco de ataques de foguetes e drones russos. Desligamentos de emergência estarão em vigor na capital ucraniana durante todo o inverno, disse o vice-chefe da administração da cidade de Kiev, Petro Panteleev, anteriormente na televisão. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos registrou 17.831 vítimas civis na Ucrânia desde o final de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão em larga escala, até 26 de dezembro, incluindo 6.884 mortos e 10.947 feridos. "A maioria das vítimas civis registradas foi causada pelo uso de munição explosiva, incluindo bombardeio com artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, mísseis e ataques aéreos", disse o OHCHR em comunicado. Os números reais provavelmente são muito maiores, porque as informações de alguns locais onde as operações de guerra são especialmente intensas foram atrasadas e muitos relatórios ainda aguardam confirmação. Segundo Yevhen Yenin, vice-ministro do Interior da Ucrânia, cerca de 700 objetos de infraestrutura crítica na Ucrânia foram danificados desde a invasão russa, incluindo gasodutos, subestações de energia e pontes. No total, mais de 35.000 objetos em todo o país foram destruídos devido a ataques russos, disse Yenin na televisão na terça-feira à noite.